2025 marca um ano crucial para a DC. O filme Superman de James Gunn inaugurará o novo alinhamento cinematográfico do DCU, enquanto a DC Studios tem vários projetos de cinema e TV em desenvolvimento, e os quadrinhos do Absolute Universe estão causando frisson na divisão editorial da DC. No entanto, em meio a essa empolgação, uma pergunta gritante permanece: O que está acontecendo com a Mulher-Maravilha? Criada por William Moulton Marston e H.G. Peter, ela é uma das super-heroínas mais lendárias da DC — ainda que sua presença recente na mídia tenha sido surpreendentemente escassa.

Fora dos quadrinhos, Diana de Themyscira enfrentou desafios nos últimos anos. Sua franquia de ação real tropeçou após Mulher-Maravilha 1984 receber críticas mistas. Ela está ausente do atual cronograma do DCU (substituída por uma série focada nas Amazonas), carece de um show animado dedicado, e seu primeiro videogame solo — anunciado em 2021 — foi cancelado. Diante desses contratempos, o tratamento da Warner Bros. à super-heroína feminina mais icônica da cultura pop levanta sérias questões. Vamos examinar onde a DC está falhando com a Mulher-Maravilha.

Uma Franquia Que Nunha Decolou

Durante o auge da rivalidade MCU-DCEU no final dos anos 2010, o primeiro filme Mulher-Maravilha tornou-se o sucesso de destaque do DCEU. O filme de 2017 recebeu elogios da crítica e arrecadou mais de US$ 800 milhões globalmente. Diferente de antecessores divisivos (Batman vs. Superman, Esquadrão Suicida), a Diana de Patty Jenkins ressoou fortemente. Embora imperfeito — os problemas do terceiro ato e a limitada gama emocional de Gal Gadot eram aparentes — seu desempenho deveria ter lançado uma grande franquia.

Em vez disso, Mulher-Maravilha 1984 (2020) desapontou crítica e comercialmente, não conseguindo recuperar os custos apesar do lançamento híbrido HBO Max/TV durante a pandemia. Para além de fatores externos, sua narrativa confusa e pontos de enredo desconfortáveis (como o romance eticamente questionável de Diana com Steve Trevor possuído) afastaram o público. Enquanto outros ícones como Batman recem reinícios infinitos após fracassos, a franquia de Diana foi arquivada após um único tiro errado — uma negligência injustificada para um personagem tão fundamental.

A Amazona Ausente

Enquanto o DCU é lançado, a exclusão da Mulher-Maravilha de Capítulo Um: Deuses e Monstros é desconcertante. Enquanto James Gunn prioriza escolhas obscuras (Creature Commandos, The Authority) ao lado dos esperados projetos de Superman/Batman, Diana está conspicuousmente ausente. Sua única representação? Paradise Lost — uma prequela das Amazonas sem a própria Mulher-Maravilha. Esta abordagem espelha a estratégia equivocada da Sony com a Marvel, focando na construção de mundo enquanto marginaliza o verdadeiro atrativo. Por que acelerar duas franquias de Batman concomitantes, mas ignorar um membro da trindade da DC?

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Essa negligência não é nova. O DCAU deu proeminência a Diana na Liga da Justiça, mas nunca uma série solo — um débito não sanado por mais de 80 anos. Seus filmes animados em mídia física? Apenas dois papéis principais (Wonder Woman de 2009 e Bloodlines de 2019). Numa era onde o conteúdo de super-heróis prospera, a dificuldade em dar luz verde a projetos centrados em Diana é inexplicável.

Um Vazio nos Jogos

O jogo cancelado da Mulher-Maravilha da Monolith adiciona insulto à injúria. Embora o destino do projeto cancelado possa estar relacionado a fracassos como Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça, perder o primeiro jogo de liderança de Diana dói — especialmente quando jogos de ação de personagens (God of War, Ninja Gaiden) estão florescendo. Diana enfrentando inimigos da mitologia grega é uma premissa perfeita que a Warner Bros. se recusa a capitalizar.

Sim, ela é jogável em Injustice e nos jogos de LEGO — dificilmente compatível com sua estatura. A falha da DC em expandir a fórmula de Arkham para a Mulher-Maravilha (enquanto a mata de forma não jogável em Esquadrão Suicida) epitomiza a má gestão da marca. Enquanto isso, heróis masculinos recebem arcos de redenção clonados.

Dos filmes à animação e aos jogos, a negligência da Warner Bros. com a Mulher-Maravilha expõe questões mais profundas na valorização das IPs da DC. Se eles não podem respeitar seu terceiro herói mais icônico, por que confiar neles com personagens menos conhecidos? Enquanto Gunn reinicia o Superman, espera-se que a DC se lembre — depois de quase um século — Diana Prince merece mais.